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No Marajó (PA), projeto “Viva Maria” transforma rejeitos em arte e fortalece o artesanato

Com técnicas sustentáveis, artesãs mostram como o protagonismo feminino fortalece a preservação da Amazônia

O projeto Viva Maria segue navegando pelas águas da Ilha de Marajó rumo a Salvaterra para mostrar o trabalho de mulheres que desempenham um papel essencial na preservação da floresta. Entre as participantes do projeto, está Lucinete Nascimento das Neves, escritora, artesã e extrativista que transforma reciclagem de rejeitos em arte, produzindo instrumentos musicais e peças utilitárias a partir de materiais que seriam descartados e viram artesanatos.

Lucinete aprendeu cedo a olhar para a floresta com respeito. Da palha do miriti retira apenas o essencial para confeccionar cestas, abajures e instrumentos musicais, que incluem pandeiros, surdos e bumbos feitos a partir de troncos ocos encontrados na mata e recuperados com couro obtido legalmente.

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Além do trabalho com o miriti, ela transforma resíduos em objetos de uso doméstico. Para uma pousada da comunidade de Água Boa, ela produziu 38 abajures feitos com palha de miriti e peças reaproveitadas — de ventiladores a pequenos componentes que ganham nova vida em suas mãos.

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Lucinete também escreve pequenos livros de poesia, retrata o Marajó, suas paisagens e o cotidiano das comunidades. Suas obras falam da relação entre cuidado ambiental e o futuro das populações que dependem dos recursos naturais.

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Agência Brasil