A lista de produtos agrícolas brasileiros liberados da tarifa adicional de 40% pelos Estados Unidos (EUA) aumentou significativamente. De acordo com levantamento do Broadcast, confirmado por fontes do governo brasileiro, mais 249 itens agropecuários passaram a integrar o grupo de exceções criado por Washington, reduzindo o impacto do tarifaço sobre o agronegócio nacional.

Segundo dados do Agrostat (sistema oficial que reúne estatísticas de exportações do agro), o Brasil envia 789 Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs) do setor para o mercado americano. Com as duas ordens executivas publicadas recentemente pela Casa Branca, o total de itens excluídos da sobretaxa chega agora a 257 produtos, que voltam a pagar apenas as tarifas específicas anteriores e ficam livres tanto da alíquota adicional de 40% quanto da recíproca de 10%.

A nova rodada de exclusões foi oficializada após a análise cruzada entre os códigos tarifários dos EUA (HTSUS) e as NCMs utilizadas nas exportações brasileiras. A comparação, realizada pelo Broadcast, confirmou a ampliação da lista anunciada pelo governo norte-americano.

Quando a primeira ordem executiva foi publicada em 31 de julho, apenas oito NCMs ligados ao agronegócio haviam sido poupadas. O impacto foi imediato: café e carne bovina, por exemplo, tiveram queda nos embarques desde agosto, e o setor pressionou por mudanças.

A guinada ocorreu na quinta-feira, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a inclusão de novos produtos agrícolas do Brasil no rol de isenções. A decisão contempla itens relevantes para o setor exportador, como carne bovina, café e frutas, incluindo açaí, banana, abacaxi, além de madeiras e outros produtos de valor agregado.

Com informações de Broadcast

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