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Café Científico debate impacto das mudanças climáticas e propostas para gestão da água no Amazonas

Encontro da SNCT aproximou governo, academia e entidades de pesquisa em agenda colaborativa

O papel da água e os desafios impostos pelas mudanças climáticas pautaram, nesta terça-feira (25/11), uma edição do Café Científico promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti). A atividade integra a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que este ano concentra suas ações no tema “Planeta Água – Cultura Oceânica para Enfrentar as Mudanças Climáticas no Meu Território”.

Realizado no auditório da Escola Superior de Tecnologia da UEA, o encontro reuniu pesquisadores, gestores públicos, representantes de universidades e instituições ligadas à ciência e inovação. Quem conduziu a programação foi o secretário-executivo da Sedecti, Jeibi Medeiros, representante do titular da pasta, Serafim Corrêa. Segundo Medeiros, a proposta foi criar um espaço para que diferentes instituições apresentassem diagnósticos e sugestões. “O tema da água atravessa inúmeros desafios do estado, e ouvir quem está na ponta da pesquisa nos ajuda a construir soluções mais consistentes”, afirmou.

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A dinâmica do Café Científico combinou rodas de conversa, exposição de políticas públicas e construção coletiva de propostas voltadas às regiões mais isoladas. O debate ficou marcado pela preocupação com os efeitos da crise climática sobre a Amazônia e pela necessidade de maior articulação entre órgãos de governo, academia e entidades de fomento.

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Para o coordenador-geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão do Inpa, Jorge Porto, a discussão sobre recursos hídricos precisa ocupar lugar central nas agendas científicas. “A água está no núcleo dos grandes desafios que afetam a humanidade. Na Amazônia, esse debate ganha uma dimensão ainda maior, porque o equilíbrio climático global depende do que acontece aqui”, observou.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) destacou o alinhamento do tema com prioridades estratégicas do Estado. De acordo com a chefe do departamento de Acompanhamento e Avaliação, Ana Cláudia Maquiné, o assunto orienta linhas de fomento e projetos. “O Plano Plurianual já expressa a importância da água. A pesquisa, quando articulada entre instituições, fortalece a capacidade do Amazonas de enfrentar esses desafios”, disse.

A perspectiva dos povos indígenas também entrou em pauta. O diretor-presidente da Fepiam, Nilton Makaxi, reforçou a importância de que essas comunidades sejam envolvidas desde o planejamento das ações. “A governança só faz sentido quando construída de forma conjunta. Ampliar a participação indígena é essencial para qualquer política pública no território”, afirmou.

Além das instituições citadas, o encontro teve participação de representantes da Ufam, Cetam, SBPC, Afeam, Instituto Witoto e Sebrae, reforçando o caráter plural do diálogo.

Com informações da Sedecti

 

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