Política
Governo do Pará prorroga Acordo de Pesca e garante segurança para comunidades
Portaria prorroga por um ano a vigência do instrumento que organiza o uso dos recursos pesqueiros na Resex Tapajós-Arapiuns e na Flona do Tapajós
Foto: Divulgação
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (SEMAS), prorrogou por mais um ano o Acordo de Pesca que regula o uso dos recursos pesqueiros na área de influência da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e da Floresta Nacional do Tapajós. O instrumento é fundamental para a conservação ambiental e a proteção das comunidades tradicionais dessa região.
O Acordo de Pesca estabelece regras de ordenamento do uso dos lagos e rios na região do Tapajós, definindo áreas de proteção, períodos de restrição, práticas permitidas e mecanismos de controle comunitário. Ele é resultado de construção conjunta entre comunidades ribeirinhas, organizações locais, instituições ambientais e o pode público estadual.
Rodolpho Zahluth Bastos, secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental, Clima e Sustentabilidade, destacou que a prorrogação garante estabilidade e segurança jurídica para a continuidade desse modelo de gestão.
“Esse acordo é fruto de diálogo e protagonismo das comunidades do Tapajós e do Arapiuns que vivem em áreas de unidades de conservação geridas pelo ICMBio. Ao prorrogá-lo, o Estado assegura as práticas sustentáveis de pesca artesanal na região, protegendo estoques pesqueiros e fortalecendo quem vive nesse rico ecossistema de interação entre rio e floresta. A pesca artesanal é o principal vetor de sociobioeconomia ribeirinha na região do Tapajós”, afirmou.
O Tapajós reúne importantes áreas de reprodução de espécies comerciais e de subsistência. O acordo funciona como um instrumento de proteção ambiental e de ordenamento das práticas tradicionais.

Medida garante continuidade das ações de fiscalização e monitoramento da pesca
A prorrogação também permite que a Semas, em conjunto com as lideranças comunitárias, mantenha e aprimore ações de monitoramento participativo, vigilância territorial e combate à pesca predatória. Entre os avanços previstos para o novo período estão: fortalecimento das brigadas comunitárias de vigilância; ampliação dos indicadores de monitoramento da pesca; apoio técnico para revisão e atualização de regras internas; integração entre Semas, Ibama e ICMBio para ações conjuntas de fiscalização.
É o primeiro pacto pesqueiro concluído sob a vigência do Decreto Estadual nº 1.686/2021, que estabeleceu critérios para a formalização dos acordos de pesca no Pará, submetidos pelas comunidades à Semas. Também é o primeiro Acordo de Pesca firmado após a Instrução Normativa (IN) nº02, publicada também em 2022, que estabeleceu os procedimentos de homologação dos acordos de pesca pela Semas em território paraense.
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Com informações da Agência Pará
