A Fama Tech, empresa instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM), teve quatro soluções reconhecidas oficialmente como Produtos Estratégicos de Defesa (PED) pelo Ministério da Defesa, conforme a Portaria GM-MD nº 4.428, publicada em 30 de setembro de 2025. Na mesma data, a empresa também foi credenciada como Empresa Estratégica de Defesa (EED) pela Portaria GM-MD nº 4.430, tornando-se a terceira indústria sediada em Manaus a integrar a Base Industrial de Defesa (BID). Os dois atos reforçam a presença do grupo no PIM e na cadeia nacional de tecnologia militar.

A oficialização das portarias motivou a visita do Comandante Militar da Amazônia, general Luiz Gonzaga Viana Filho, à sede da Fama Tech na quarta-feira (19/11). A comitiva conheceu as linhas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e engenharia que embasaram o credenciamento da empresa, agora inserida em um grupo restrito de companhias consideradas estratégicas para a soberania e a segurança do país.

O CEO da Fama Tech, Alexandro da Silva e Silva, afirmou que o reconhecimento como EED e a homologação dos PED ampliam o acesso da indústria a incentivos, parcerias e projetos voltados à área de defesa. Segundo ele, o PIM tem condições de competir com fornecedores internacionais em tecnologias que vão desde sistemas de monitoramento e drones até equipamentos táticos e soluções de suporte à tropa.

“Muita coisa que usamos no dia a dia, como GPS e internet, nasceu de demandas militares. O Polo Industrial de Manaus tem capacidade de entregar produtos e sistemas com qualidade igual ou superior aos estrangeiros, e o credenciamento nos permite acesso a benefícios e incentivos que tornam isso possível”, ressaltou.

Durante a visita, o general Viana Filho destacou que a entrada de novas empresas amazônicas na Base Industrial de Defesa fortalece o desenvolvimento tecnológico regional e reduz a dependência de produtos importados. Para ele, a integração entre indústria, academia e Forças Armadas cria um ambiente favorável para o avanço de soluções produzidas na Amazônia com aplicação direta na defesa nacional.

“O que estamos vendo na Zona Franca de Manaus é um movimento de grande importância para o estado, para as Forças Armadas e para o país. A região já é reconhecida por sua força produtiva, mas agora assistimos ao crescimento de indústrias amazonenses que estão entrando para a Base Industrial de Defesa. Os projetos apresentados hoje, alinhados à inovação e à integração entre indústria, academia e tropa, mostram um potencial enorme para desenvolver tecnologia na Amazônia voltada ao segmento militar”, disse.

A Fama Tech, que completa 10 anos de operação em 2025, afirma que os investimentos em P&D e engenharia foram determinantes para alcançar o credenciamento. A empresa pertence ao mesmo grupo da escola Q3 Qualidade e atua na diversificação tecnológica do PIM, com foco em produtos de alto valor agregado e qualificação profissional.

Participaram da agenda militares que integram o Comando Militar da Amazônia, a 12ª Região Militar e o 2º Grupamento de Engenharia, além de representantes do Conselho de Indústria da Defesa da Amazônia (Condefesa), criado em 2024 para estimular a instalação e o crescimento de empresas da BID no estado.

Projeto Origami gera R$ 1,1 milhão ao ano em eficiência

Além do credenciamento na Base Industrial de Defesa, a Fama Tech mantém projetos internos de melhoria contínua que reforçam sua capacidade tecnológica. Um dos principais é o Projeto Origami, iniciativa baseada em metodologias Lean e DMAIC que elevou em 27% a eficiência da mão de obra direta e gerou R$ 1,1 milhão por ano em ganhos operacionais. O case, liderado por equipes de engenharia e produção, foi apresentado no Prêmio Qualidade Amazonas (PQA 2025), realizado em outubro deste ano.

Com informações da assessoria

Fotos: Divulgação/Assessoria

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