Meio Ambiente
Reino Unido é o único país do G20 com desempenho “alto” no combate à crise climática, aponta novo ranking
G20 falha na agenda climática: metade do grupo tem desempenho “muito baixo” e grandes emissores não entregam metas para 2035
Foto: Divulgação
O Reino Unido aparece como o único país do G20 com classificação “alta” no enfrentamento da crise climática, segundo o Climate Change Performance Index (CCPI) divulgado nesta segunda-feira (18/11) por Germanwatch, NewClimate Institute e CAN International. O levantamento reforça a importância das 20 maiores economias globais, responsáveis por mais de 75% das emissões de gases de efeito estufa (GEE), na transição energética e na agenda de descarbonização.
Metade dos integrantes do grupo recebeu avaliação “muito baixa” em ambição e políticas climáticas, caso de Turquia, China, Austrália, Japão, Argentina, Canadá, Coreia do Sul, Rússia, Estados Unidos e Arábia Saudita. O relatório destaca agravantes, como a retirada dos EUA do Acordo de Paris pela segunda vez e o avanço de políticas internas que fortalecem a indústria de combustíveis fósseis enquanto desestimulam renováveis.
O estudo ressalta ainda que Índia (terceira maior emissora global), Argentina e Arábia Saudita não apresentaram suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para 2035. “Há um impulso positivo para as energias renováveis e a eletrificação em todo o mundo. No entanto, também vemos um cenário preocupante entre os principais emissores – os países do G20 – com apenas um país na categoria ‘alta’ e dez na categoria ‘muito baixa’”, afirmou Thea Uhlich, autora do CCPI.
Entre os demais membros do grupo, África do Sul, Indonésia e Itália aparecem com desempenho “baixo”, enquanto Alemanha, Brasil, França, Índia e México estão na faixa “média”. A China, maior emissora de carbono do planeta, ocupa a 54ª posição global, subindo uma colocação em relação ao ano anterior. Os analistas apontam que o país só atinge classificação “alta” em política climática e observaram queda nas emissões no primeiro trimestre de 2025, um possível sinal de que o pico pode ter sido alcançado.
